Nos portões da cidade estava sentado um velho homem sábio. Um homem rico parou para perguntar a ele:
Homem sábio, frequentemente tenho ouvido pessoas falarem sobre essa cidade, de suas belezas e riquezas, de suas casas de mármore e fontes de águas límpidas, porém não tenho ouvido nada sobre as pessoas. Você que os conhecem por tanto tempo, pode me dizer como eles são? Gostaria de me mudar para essas terras, mas primeiramente quero saber sobre seus habitantes.
“Eu direi após você me dizer primeiro como são as pessoas na cidade que você deixou para trás,” respondeu o sábio homem.
“As pessoas naqueles lugares são más e invejosas. Elas fofocam pelas costas uns dos outros; são preguiçosos e buscam se beneficiar do trabalho desonesto.”
“As pessoas neste lugar são exatamente iguais àquelas que você descreveu,” respondeu o velho homem.
Infeliz com a resposta, o homem rico deu ordens aos seus servos para continuar sua busca por uma cidade melhor. Mais tarde naquele dia, um homem humilde veio sozinho após uma longa viajem pelo deserto, parou em frente do homem sábio e perguntou:
“Meu querido senhor, tenho viajado por um longo caminho. Não tenho nenhuma água ou comida restante e estou exausto. Gostaria de parar nessa cidade para descansar um pouco. Tenho sempre ouvido falar desse lugar, mas gostaria de saber como são as pessoas dessa cidade. Elas me dariam as boas vindas? “
O homem sábio olhou para ele com boa vontade e perguntou a mesma questão:
“Como são as pessoas na cidade que você deixou para trás? “
“As pessoas lá são boas, elas sempre abrem suas portas para aqueles procurando por um abrigo. São homens honestos e trabalhadores duros, que amam e respeitam os seus vizinhos.”
“As pessoas neste lugar são exatamente iguais àquelas que você descreveu.”
Qual é a sua opinião? Como são as pessoas na sua cidade, seus amigos e conhecidos?
Menis Yousry uma vez disse que nós, humanos, “somos prisioneiros das nossas percepções do mundo”. Em outras palavras, a forma que vemos os outros é subjetiva, limitada pelos nossos próprios preconceitos e perspectivas, nosso medos e ansiedades. A atitude que usamos para rotular uma pessoa em particular, grupo social, ou nação tende a vir da nossa fonte interna. Isto muitas vezes compreende a verdade somente parcial e assim limita nosso entendimento do mundo externo. Yousry nos chama de “prisioneiros” em revelar o fato que nossas percepções são limitadas não somente pelo lado de fora, mas para nós mesmos também, porque elas nos mantem cativos em preconcepções desonestas.
Ser um prisioneiro da sua própria concepção é mais danoso do que estar fisicamente cativo. Enquanto para poder se libertar da prisão você precisa da aprovação de uma outra pessoa, no caso da auto condenação, a soltura vem de dentro. Enquanto você não estiver disposto a reconhecer seu status de prisioneiro com relação a você mesmo, jamais será capaz de libertar a você mesmo. Como podemos nos libertar desse tipo de prisão interna?
Sua percepção do mundo deve mudar. Não olhe nos aspectos gerais – tente saber a individualidade da pessoa, autenticamente. Não julgue os outros através de seus próprios filtros – tente aceitar outras possibilidades. Não assuma que todo mundo pensa ou age igual a você – tente aceitar e encorajar a diversidade.
Pessoas foram criadas para serem livres. Infelizmente, algumas vezes uma mente aprisionada é pior que uma do corpo.
Liberte-se do preconceito e mude sua perspectiva no mundo!